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Análise 10 indicadores Covid-19 em 21 fevereiro 2021

  • Publicado: Segunda, 22 de Fevereiro de 2021, 20h59
  • Última atualização em Segunda, 01 de Março de 2021, 11h00

Henrique Pereira, PhD

Coordenador do projeto Atlas ODS Amazonas da Universidade Federal do Amazonas, inserido no Programa de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia.

22 de fevereiro de 2021

Para visualizar os gráficos acesse o painel de indicadores do Atlas ODS Amazonas - Especial Covid-19: https://bit.ly/2Ocpr4k

Os 10 indicadores do Atlas ODS Amazonas para o monitoramento da Covid-19 em Manaus e no Amazonas foram atualizados com os dados publicados até 21 de fevereiro. Houve uma redução de 28% na média de novos casos nesta última semana em relação a 14 dias atrás, seguindo a tendência de desaceleração detectável desde o início do mês de fevereiro. No entanto, essa média de mais de 1.570 casos por dia ainda é 2,4 vezes maior do que aquela da 1ª semana de dezembro, ou seja, de antes da escalada da segunda onda da pandemia no estado. As internações caíram 51%, sendo a maior queda semanal desde o pico em 14 de janeiro. Com cerca de 68 internações diárias em média no Amazonas, os dados desta última semana ainda são 2,2 vezes maiores que os do início de dezembro. Os óbitos reduziram em 47%, na última semana, porém ainda são 4,8 vezes mais numerosos que no início de dezembro. Esses indicadores apontam que a velocidade de disseminação e de progressão da doença mesmo em queda ainda estão em níveis elevados no estado como um todo. 

Os sepultamentos em Manaus foram reduzidos em 30%, porém ainda não atingiram os patamares de dezembro estando ainda 2,5 vezes mais elevados. Preocupa demasiadamente, pela segunda semana consecutiva, a queda no índice de isolamento que saiu de 56% no final de janeiro para somente 47,3% em média na semana de 14 a 20 de fevereiro. Essa tendência de redução do isolamento irá se agravar com a retomada das atividades não essenciais e tornará ainda mais lenta a queda dos índices, ou no pior dos cenários, poderá reverter essas tendências de declínio lento observadas nas últimas semanas.

A letalidade acumulada diária seguem num patamar elevado de 3,5%. Elevada continua sendo também a letalidade hospitalar que nesta última semana registrou o nível de 73%, 2,3 maior que o da 1ª semana de dezembro, não tendo diminuído o suficiente para ser considerada em declínio. Houve uma redução de 29% na média semanal da proporção de mortes domiciliares dentre os sepultamentos nos cemitérios públicos de Manaus. Na última semana, 11% dos sepultamentos em cemitérios públicos de Manaus foram de pessoa que morreram em casa.  A proporção de mortes por Covid-19 no total dos sepultamentos na capital do estado segue alta, correspondendo à 50% do total registrado diariamente, considerando-se a média semanal deste indicador.

É muito provável que a redução de novos casos, internações e óbitos em praticamente todo estado, seja devida unicamente ao comportamento preventivo de parcela da população que aderiu voluntaria ou compulsoriamente às medidas de restrição das atividades não essenciais e de circulação de pessoas, vez que a cobertura vacinal ainda é diminuta e não houve mudanças significativas em quaisquer dos outros fatores determinantes como por exemplo as condições climáticas.

Ao aderirem ao isolamento domiciliar, ao distanciamento social e demais medidas preventivas, as pessoas favorecem que sejam interrompidas as cadeias de contágio. Isto é, com menos pessoas contaminadas expostas e em contato próximo com outras pessoas não contaminadas, diminui-se o contágio e, portanto, a velocidade de circulação do vírus na população cai.

Desse modo, é bastante preocupante a retomada de atividades essenciais ainda que em horário parcial, especialmente se isso ensejar a formação de aglomerações. Esse comportamento é ainda mais grave se as pessoas negligenciam o uso de máscaras e da higiene pessoal.

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