Energia é a chave para desbloquear futuro da África no pós-pandemia, diz especialista
Análise defende investimento na área energética para apoiar reconstrução e inovação na reconstrução das economias; União Africana implementa Agenda 2063 visando aumentar relevância da região no cenário global.
O Escritório da Conselheira Especial da ONU para a África defende que a aposta na energia é essencial para desbloquear o futuro continental durante a recuperação da pandemia.
A Agenda da União Africana para as próximas quatro décadas identifica o setor energético como uma das prioridades para aumentar o potencial econômico regional.
Transformação
Na caminhada do continente em 2022, o departamento das Nações Unidas chama a atenção para o potencial da área energética como “um senso de extrema urgência na construção da resiliência”.
A recomendação é expandir o acesso dos africanos à “energia confiável, acessível e sustentável” para atingir esse propósito.
Os efeitos beneficiariam a transformação econômica, “garantindo a segurança alimentar, digitalizando a educação, revolucionando os sistemas de saúde, construindo capacidades de manufatura e industrialização ou sustentando a paz através da criação de empregos de qualidade e prestação de serviços”.
Corrida global
De acordo com a especialista Bitsat Yohannes-Kassahun, “nenhum país no mundo alcançou essas ambições sem ter acesso abundante e acessível à energia.”
No entanto, dependem da disponibilidade energética os esforços regionais para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, incluindo eventos adversos, escassez de água e ameaças significativas aos meios de subsistência.
Yohannes-Kassahun acredita ainda que os africanos “estão levando a melhor na corrida global para combater as mudanças climáticas no que diz respeito à energia”.
Crises de saúde e clima
A especialista sublinhou que a pandemia revelou que, apesar dos melhores esforços, a região africana mostrou-se despreparada para lidar com emergências atuais que incluem a crise de saúde ou a ameaça iminente das alterações do clima.
Ela defende que a revolução industrial da África e o alcance do potencial da Área de Livre Comércio Continental Africano dependem do acesso a uma energia confiável, acessível e adequada.
O acesso ao recurso potenciaria a região para fornecer serviços, se adaptar aos riscos climáticos e difundir meios de subsistência sustentáveis, garantindo a paz, segurança e desenvolvimento do continente para a próxima geração.
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